domingo, 23 de janeiro de 2011


Quando criança a gente vive imitando adultos nas brincadeiras, fazemos comidinhas pras bonecas, a barbie namora o ken, e a gente vira professor, médico e atleta. Quando pequenos o mundo adulto é uma espécie de sonho, a gente vê nossos pais vivendo a rotina e sem saber o quanto ela é cansativa e estressante a gente imita elas nas brincadeiras. A gente só vê o lado bom das coisas.
Mas a verdade é que quando a gente cresce tudo muda, quer dizer, a gente até acha legal dirigir, ter o próprio salário, fazer faculdade, ir às compras, namorar, casar, ter filhos, mas a gente percebe que além das coisas boas vêm as responsabilidades e percebe pra conseguir estabilidade nessa vida de gente grande às vezes é necessário ter sempre por perto um remédio, porque da dor de cabeça.
O problema maior é manter o equilíbrio, se você continuar com a cabeça de criança vivendo a vida de um adulto, as coisas podem sair do seu controle, você pode se deixar afogar por conta das responsabilidades cuidadas de qualquer maneira. Mas se você for adulto o tempo todo e só pensar nas responsabilidades, você perde a diversão da vida, porque nem tudo é pra ser levado tão a sério assim.
Esse jogo de cintura entre a criança e o adulto que existe em cada um de nós não é difícil de ser encontrado, mas é complicado colocar em pratica, afinal nossos dias tem apenas 24 horas e nossos deveres ocupam a maior parte delas.
Vira e mexe eu me pego observando crianças brincando na rua enquanto eu estou parada na fila de um banco resolvendo alguns problemas, torcendo pra dar hora de almoçar e pensando em tudo que me espera quando eu voltar ao serviço, as ligações que tenho que fazer, os e-mails que tenho pra responder, e os planos de final de semana? Planos? Todos de ultima hora de uns dias pra cá, e quando saio pra ver os amigos lembro das questões pessoas pendentes, coisas do coração, amizades, saber do outro, contar de mim, dar risada e ser ombro quando precisar.
É tanta coisa e eu sou só uma, são tantos compromissos e o dia é curto, são tantas responsabilidades e eu sou criança, são tantas diversões e eu sou adulta.
O equilíbrio eu vou tentando encontrar, dia pós a dia. Manter a adulta e a criança viva e aproveitar cada segundo dessa vida, que é só uma.

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